Google, ambiente de trabalho em equipe.
O Google queria saber o segredo para construir uma equipe mais produtiva. Então, a gigante da tecnologia montou uma equipe (nada mais justo) para descobrir o segredo… do bom trabalho em equipe.
O projeto, conhecido como Projeto Aristóteles, levou vários anos e incluiu entrevistas com centenas de funcionários e análise de dados sobre as pessoas de mais de 100 equipes ativas na empresa. Os pesquisadores estavam encontrando dificuldades para chegar a uma fórmula – a perfeita combinação mágica de indivíduos necessários para formar uma equipe estelar, mas parece que as coisas não eram assim tão simples. “Estávamos absolutamente errados”, disse a empresa.
A abordagem orientada a dados do Google acabou destacando o que os líderes do mundo dos negócios sabem há algum tempo: as melhores equipes respeitam as emoções dos outros e estão conscientes de que todos os membros devem contribuir para a conversa de forma igual. Tem menos a ver com quem está em uma equipe, e mais com a forma como os membros de uma equipe interagem uns com os outros.
Empatia = melhores resultados
Os resultados ecoam no influente livro de 1989 de Stephen Covey “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes”: membros de equipes produtivas fazem um esforço para entender um ao outro, encontrar uma maneira de se relacionar com o outro e, em seguida, tentar se fazer entender.
Matt Sakaguchi, gerente de nível médio na Google, fez questão de colocar as descobertas do Projeto Aristóteles em prática. Ele disse ao jornal The New York Times como levou sua equipe para fora do local de trabalho para se abrir sobre seu diagnóstico de câncer. Seus colegas ficaram inicialmente em silêncio, mas, em seguida, começaram a compartilhar suas próprias histórias pessoais.
No coração da estratégia de Sakaguchi, e dos resultados do Google, está o conceito de “segurança psicológica”, um modelo de trabalho em equipe em que os membros têm uma crença compartilhada de que é seguro assumir riscos e compartilham um conjunto de ideias sem o medo de ser humilhados. Como o Google explica: “Você se sente como se pudesse perguntar qual o objetivo de um projeto sem o risco de soar como se você fosse o único por fora? Ou você opta por continuar sem esclarecer alguma coisa que não entendeu, a fim de evitar ser identificado como alguém que não tem conhecimento?”.
A professora da Harvard Business School Amy Edmondson explorou o conceito em um estudo de 1999, que concluiu que a “segurança psicológica” impulsiona o desempenho em equipes. No vídeo abaixo, em inglês, ela trata um pouco do assunto e fala sobre como as melhores equipes não são aquelas que cometem menos erros, mas aquelas que têm um ambiente em que podem discutir abertamente estes erros.
O Google agora descreve a segurança psicológica como o fator mais importante para a construção de uma equipe bem sucedida.